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quinta-feira, 3 de março de 2011

COLHEITA DE MILHO NO RS Abertura da safra confirma boa produtividade

Em clima de festa e otimismo, teve início ontem, oficialmente, a colheita do milho no Rio Grande do Sul. A solenidade foi realizada na propriedade de Antenor Vione, no distrito de Barreiro, e contou com a presença de diversas autoridades, dentre elas, do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Fernando Mainardi, e do presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), Cláudio de Jesus.
Durante a solenidade, o secretário Mainardi salientou que a solendiade realizada ontem foi um ato histórico. "Podem ter certeza que daqui a 20 anos vai estar registrado que no dia 2 de março de 2011 se realizou em Ijuí o primeiro ato comemorativo da abertura da safra de milho do Rio Grande do Sul", destacou. 
Na avaliação do secretário, o milho é um dos principais itens da disputa mundial sobre o destino dos cereais, dos alimentos, e está no centro de uma disputa entre a utilização para a fonte de alimentação humana e animal e a utilização para a fonte de energia. "Se abre a perspectiva para outras áreas, pois ele começa a ser visto com outras utilidades", salienta. 
O secretário acrescentou que o governo está reativando a Câmara Setorial do Milho porque o milho é um alimento estratégico para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. "O nosso primeiro  desafio é aumentar a produtividade e a renda, porque o produtor precisa de renda para produzir mais. Se estamos produzindo mais de 5 milhões de toneladas de milho nesse ano, até o fim do governo Tarso queremos produzir sete", afirma. Durante sua fala, o secretário ainda confirmou uma estimativa de produtiridade 5,5 milhões de toneladas de milho no Estado.
Já o presidente da Apromilho, Cláudio de Jesus, lembrou que o milho é um meganegócio em potencial no Estado que precisa ser melhor organizado. Ele ainda apresentou dados do IBGE que comprovam o aumento histórico na produtividade do milho. " Em 1990, segundo o IBGE, o Estado plantava 1,6 milhão de hectares de milho e colhia 4 milhões de toneladas, enquanto que  nesse ano, o Rio Grande do Sul deve ter plantado em torno de 900 mil hectares, colhendo mais de 5 milhões de toneladas", salienta. 
Apesar da safra recorde nesse ano, Cláudio destacou que esses números são baixos e que podem aumentar ainda mais. Ele lembrou que em maio, quando se começou a plantar milho, o preço estava em R$ 14, devido aperspectiva de La Niña. Nesse sentido, ele solicitou ao secretário Mainardi que fortaleça a irrigação, a estabilidade de preço mínimo, e que se crie um seguro agrícula mais específico para o produtor. Já o secretário, concordou com Cláudio de Jesus, e prometeu um grande investimento para garantir água ao produtor. "Não podemos mais perder produção por ameaças climáticas. A produção, mesmo boa, poderia ter sido maior", finalizou.

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